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O nome da cidade surgiu em função do rio que cruza suas margens, e que demarca a fronteira entre Brasil e Uruguai, o Rio Jaguarão, e são várias as justificativas para a origem do nome do rio.

 

Uma das estórias mais contadas, é relacionada a uma lenda indígena. Jagua-Ru, era como chamavam os índios guarani, a um enorme animal, que possuía um corpo de lobo- marinho e cabeça e de tigre. O terrível animal escavava as barrancas do rio, provocando o desmoronamento das terras, fazendo com que pessoas ou animais que se aproximassem do local, caíssem no rio e se tornassem suas presas. Ao atacar, extraía apenas os pulmões das vítimas, jogando o que restasse novamente no rio.

 

Por volta dos anos 1800, época de incessantes batalhas por territórios, sob comando do Coronel Manoel Marques de Souza, foram estabelecidas guarnições em diversos pontos da fronteira. Sendo as primeiras nas margens do Rio Jaguarão. Ajustada a paz em virtude da implantação destas guarnições, o mesmo Coronel determinou o estabelecimento de uma guarda posicionada num “Serrito” onde teria uma grande armada militar. Esta guarda passou a ser o posto mais avançado na margem esquerda do Rio Jaguarão, recebendo o nome de “Guarda da Lagoa e do Serrito”.

 

Com o crescimento do acampamento militar, formou-se um aglomerado de casas erguidas ao redor do mesmo, dando origem a um povoado. Em 1812, Dom João VI, determinou a mudança do nome para “Freguesia do Divino Espírito Santo de Jaguarão”.

Em 1832 a pequena freguesia passou ao status de Vila, se chamando  “Vila do Divino Espírito Santo no Serrito de Jaguarão”, passando a ser então o 12º município do Estado. Por causa da importância cultural e comercial da Vila, em 23 de Novembro de 1855, a mesma foi elevada à categoria de cidade, passando então a se chamar Jaguarão.

 

Em 20 de janeiro de 1865, tomou-se conhecimento do planejamento de um ataque à cidade, por forças militares uruguaias. E em 27 de Janeiro do mesmo ano, forças uruguaias compostas por aproximadamente 1500 homens, deram inicio a um grande ataque à cidade, porém, como já se sabia sobre o ataque, as forças jaguarenses estavam preparadas e resistiram bravamente ao ataque. Com isso, as forças uruguaias recuaram na noite de 27 de Janeiro. Este importante feito histórico e glorioso rendeu a Jaguarão o título de “Cidade Heroica”, outorgado por Dom Pedro II.
 

Jaguarão foi pioneira da implementação de uma rede completa de comunicação telefônica e pode ser considerada a primeira cidade brasileira a dispor de uma linha de transmissão telefônica internacional.
 

“Uma particularidade que deve ser ressaltada e valorizada, é com relação á cultura, principalmente no que diz respeito a arquitetura existente na parte central da cidade. Com características clássicas e neo-clássicas, acompanhadas de detalhes frisos, marquises, vitrais, escariolas e demais adornos, como portas de madeira entalhadas à mão, que expõem a pujança e esplendor de uma época ímpar no cenário nacional e regional.” (Vagner Pacheco dos Santos)
 

Em 2001, foi decretada lei que declara integrantes do patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul, conjuntos urbanos e edificações em vários municípios, dentre eles Jaguarão. Hoje a cidade possui cerca de 800 prédios tombados a nível federal e estadual.





CURIOSIDADE: De acordo com estudos, o “Serrito” anteriormente citado, onde foi estabelecida a guarda e posteriormente um povoado, refere-se ao local onde hoje se encontra a Praça Dr. Alcides Marques.

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